A Ilha do Porto Santo, a segunda maior ilha do arquipélago madeirense localiza-se 75km a nordeste do Funchal. De avião a viagem não leva mais de 15 minutos, mas de barco é necessário contar com 2 horas e meia. Aqui residem permanentemente cerca de 5000 pessoas, muito embora na altura das férias a população aumente consideravelmente, com a chegada de veraneantes provenientes da Madeira, Continente e outras partes do mundo.
A área da ilha não excede os 41 km2, sendo o comprimento máximo de 11km e a largura de 6 km.
Em comparação com a verdejante Madeira, a paisagem é árida. A extensa praia, com 9 km de areias douradas, não tem igual. Diz-se que aqui o tempo parece correr mais devagar e as preocupações desaparecem. Tal como na Madeira, a corrente quente do Golfo ameniza o clima e a temperatura da água do mar é agradável. E, mesmo quando chove de Verão, a praia continua a ser convidativa.
Sendo a ilha de origem vulcânica, não há vulcanismo latente, nem sequer nas suas manifestações mais suaves, como as nascentes termais ou fumarolas. Geologicamente mais antiga que a Madeira com 13.5 milhões de anos, esta ilha é mais plana, excepção feita aos picos que se elevam nos extremos ocidental e oriental. Os pontos mais altos são o Pico do Facho (517 m de altitude), no extremo leste e o Pico do Castelo (438 m de altitude) que domina por norte a Vila Baleira, principal povoação. Ao largo existem diversos ilhéus, sendo os maiores o Ilhéu de Baixo ou da Cal (pra sudoeste, na direção da Madeira) e o Ihéu de Cima (que parece prolongar mar a dentro a crista rochosa que se eleva a norte do porto de recreio).
O mar e a praia tornam o Porto Santo único. O mar é paradisíaco, de águas mornas azul turquesa, e ondas a quebrar suavemente a areia. A praia, considerada a melhor prais de dunas do país, é perfeita, não há correntes fortes, nem depressões traiçoeiras no mar. À medida que se caminha para oeste, o areal começa a ser separado da estrada marginal por pequenas cadeias de dunas. Na direção contrária a praia estreita, após ser cruzada pelo antigo cais.
A areia é conhecida pelas suas qualidades terapêuticas, pelo que não é raro ver pessoas completamente enterradas, às vezes só com a cabeça de fora.
Um dos motivos válidos para sair da praia é uma ida às uvas. Vendem-se ao lado da estrada marginal, em barraquinhas, e são verde claras com um gosto doce e aguado, com um imediato efeito refrescante. As cepas adaptaram-se ao solo arenoso e ocupam por vezes o espaço para lá das dunas. A partir das uvas locais também se produz um vinho aparentado com o da Madeira. Aqui sobrevivem variedades raras de uvas, caso do barrete de frade e da tinta molar, extintas na Madeira. Particularmente bem adaptadas às condições locais parecem ser castas como o listrao, a tinta e o terrantez. No dia 1 de Novembro celebra-se a Festa do Vinho, ocasião soberana para provar o vinho novo.
Nos últimos anos, a ilha tem sido alvo de um plano de investimento turístico. Existe um campo de golfe com 45 buracos, um clube de ténis, um centro hípico renovado, áreas de jogos na praia e muitas outras atividades de animação turística. A vida noturna do Porto Santo também ganhou uma nova vida com o surgimento de uma série de novos bares e festas organizadas durante o Verão.