O Museu Etnográfico da Madeira está localizado no Concelho da Ribeira Brava num antigo solar do século XVII. Localizado na antiga Rua da Bagaceira, o solar pertencia ao Convento de Santa Clara do Funchal, uma das muitas propriedades que o Convento detinha fora do Funchal.
O solar foi adquirido por Luís Gonçalves da Silva, capitão das ordenanças da Ribeira Brava. O capitão em 1710, decidiu ampliar a sua moradia, acrescentando um piso e edificando também uma capela dedicada ao patriarca São José. Por virtude disto o solar passou a chamar-se de Solar de São José.
Em 1853, José Maria Barreto, último administrador do vínculo de São José, converteu o solar numa unidade industrial, tendo constituído uma sociedade com Jorge de Oliveira.
É nesta altura que é montado um engenho de moer de cana-de-açúcar a tração animal e um alambique de destilação de aguardente. Posteriormente, em 1862, passou a utilizar-se também a energia hidráulica, instalando-se, nesse ano, uma roda motriz de madeira, servida por uma levada, e um engenho de moer cana com três cilindros de ferro horizontais. No ano de 1868 funcionavam também naquela fábrica dois moinhos de cereais.
Na segunda metade do século XX, em 1974 os proprietários vendem a propriedade à Junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal
Ocorreram depois, ao longo dos anos, sucessivas transações das quotas da empresa e, finalmente, em 1974, os herdeiros de João Romão Teixeira, proprietários do edifício, venderam-no à junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal.
O Governo Regional da Madeira instala o Museu Etnográfico da Madeira no antigo engenho de aguardente da Ribeira Brava, obra do arquiteto João Francisco Caíres. O Museu foi inaugurado em 15 de junho de 1996.
O Museu foca-se essencialmente na investigação documentação, conservação e divulgação dos testemunhos da cultura tradicional madeirense. Há ênfase nos aspetos sociais, económicos e culturais do arquipélago da Madeira.
A exposição está organizado por temas: atividades produtivas (pesca, ciclos produtivos do vinho, dos cereais e do linho), transportes, unidades domésticas (cozinha e quarto de dormir) e comércio tradicional (mercearia).