A Casa Museu Frederico de Freitas encontra-se no centro do Funchal, entre a zona de São Pedro e Convento de Santa Clara. A Casa-Museu Frederico de Freitas caracteriza-se pela sua cor vermelha. Também conhecida por Casa da Calçada, foi a antiga residência dos Condes da Calçada e será originária do século XVII.
Esta Casa imponente de impressionantes dimensões que hoje podemos observar é o resultado de várias remodelações e ampliações ao longo do tempo, destacando-se especialmente as de cunho romântico realizadas na segunda metade do século XIX.
O edifício pertenceu a Diogo de Ornelas de França Carvalhal Frazão e Figueiroa, Primeiro Visconde da Calçada, que foi governador civil substituto do Funchal e posteriormente elevado a Conde a 4 de Outubro de 1882. A Casa ficou nas mãos da família e seus descendentes até 1979, altura em que foi adquirida pelo Governo Regional.
A Casa Museu deve o seu nome ao Dr. Frederico de Freitas, advogado, notário e colecionador madeirense que a arrendou em 1941. Frederico de Freitas acumulou, durante a sua estadia de 40 anos na casa, um conjunto de obras de arte, posteriormente legado à Região Autónoma da Madeira.
Frederico de Freitas colecionou primeiramente objetos relacionados com a Madeira, sendo que depois alargou a sua coleção a peças de escultura, pintura, mobiliário, cerâmica, gravura, de origem nacional e estrangeira.
Após transitar para as mãos do Governo Regional da Madeira, a Casa Museu Frederico de Freitas foi prontamente inaugurada em 1998, com a abertura da Casa da Calçada e onde o visitante pode aceder a salões, a quartos de dormir, sala de jogos, sala de jantar, sala de chá e cozinha, tentando recriar o ambiente da antiga casa da Colecionador. Estes quartos têm pinturas europeias, cerâmica decorativa que é disposta no mobiliário ou nas vitrines, temas e objetos relacionados à Madeira, como coleções de desenhos, figuras eruditas e populares, ilustrando algumas tradições locais, ainda com móveis e esculturas que são os exemplos mais evidentes da região datando o século XIX.
O projeto final do museu ficou completo em 1999, com a conclusão da Casa dos Azulejos, que acolhe o acervo de azulejaria, formado por painéis de diversas dimensões. Distribui-se pelos quatro andares da exposição de acordo com uma lógica cronológica, evocando a evolução dos azulejos desde o início até o presente. Esta exposição possui um espaço dedicado à fabricação de azulejos, mostrando diversas técnicas utilizadas, principalmente mostrando peças orientais, islâmicas e medievais, diferentes argilas, apetrechos e esmaltes.