O Engenho Da Calheta, datado de 1901, acolhe um espaço museológico relevante desde 2014. Antes disso foi também casa da Sociedade dos Engenhos da Calheta, constituída a 27 de maio de 1952 na sequência da fusão de vários engenhos deste concelho em meados do século XX devido ao monopólio da Fábrica do Torreão, no Funchal, pertencente à família Hinton.
O Museu foca-se essencialmente na história da fábrica, na sua atividade de transformação da cana-sacarina em mel e aguardente de cana, o que fica patente com a exibição de algumas peças dos séculos XIX e XX que se encontram no engenho, bem como artefactos arqueológicos industriais.
O próprio Engenho sempre constituiu um ponto de atração turística da Região. A fábrica tem bastante experiência de divulgação com a visita diária de centenas de turistas interessados no processo de fabrico de mel e de aguardente, bem como da componente histórica do próprio engenho.
Nas instalações é ainda exibido um filme, bilíngue, e de vários grafismos alusivos ao processo produtivo da cana-de-açúcar (colheita, transporte, trituração, fermentação, destilação e engarrafamento de aguardente sacarina).
Este é um dos primeiros espaços museológicos dedicados exclusivamente à cana de açúcar na Ilha da Madeira.
A cana sacarina teve um papel particularmente relevante no início da população do arquipélago e tornou-o famoso pela qualidade do açúcar que produzia por toda a Europa a partir do século XV.
O Engenho da Calheta é um dos poucos engenhos que restam da segunda vaga da produção de cana sacarina ocorrida no século XIX.